quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tambor de Crioulo

Tambor de crioula ou punga é uma dança de origem africana praticada por descendentes de escravos africanos no estado brasileiro do Maranhão, em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração.Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de crioula são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos.Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano. Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior freqüência no carnaval e durante as festas juninas. A dança não requer ensaios. Originalmente não exigia um tipo de indumentária fixa, mas nos dias atuais a dança pode ser vista com as brincantes vestidas em saias rodadas com estampas em cores vivas, anáguas largas com renda na borda e blusas rendadas e decotadas brancas ou de cor. Os adornos de flores, colares, pulseiras e torços coloridos na cabeça terminam de compor a caracterização da dançante. Os homens trajam calça escura e camisa estampada. A animação é feita com o canto puxado pelos homens com o acompanhamento das mulheres. Um brincante puxa a toada de levantamento que pode ser uma toada já existente ou improvisada. Em seguida, o coro, integrado pelos instrumentistas e pelas mulheres, acompanha, passando esse canto a compor o refrão para os improvisos que se sucederão. A coreografia da dança apresenta vibrantes formas de expressão corporal, principalmente pelas mulheres que ressaltam, em movimentos coordenados e harmoniosos, cada parte do corpo (cabeça, ombros, braços, cintura, quadris, pernas e pés). As dançantes se apresentam individualmente no interior de uma roda formada por um grupo de vários brincantes, incluindo dirigentes, dançantes, cantadores e tocadores. Da roda, participam também os acompanhantes do tambor. Todos acompanham o ritmo com palmas.Toda a marcação dos passos da dança é feita por um conjunto de tambores que os brincantes chamam de parelha. São três tambores nos tamanhos pequeno, médio e grande, feitos de troncos de mangue, pau d'arco, soró ou angelim. Um par de matracas batidas no corpo do tambor grande auxilia na marcação. O tambor pequeno é conhecido como crivador ou pererengue; o médio é chamado de meião, meio ou chamador e o grande recebe, entre os tocadores, os nomes de roncador ou rufador.Os tambores são bastante rústicos, feitos manualmente de troncos cortados nos três tamanhos e trabalhados exteriormente com plainas para que a parte superior fique mais larga que a inferior. Durante a dança, os tambores são esquentados na fogueira para que tenham afinação perfeita.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Irmandade da Boa Morte





A Irmandade da Boa Morte é uma confraria religiosa afro-católica brasileira.A história da confraria religiosa da Boa Morte se confunde com a maciça importação de escravos da costa da África para o Recôncavo canavieiro da Bahia, em particular para a cidade de Cachoeira, a segunda em importância econômica na Capitania da Bahia durante três séculos.
O fato de ser constituída apenas por mulheres negras, numa sociedade patriarcal e marcada por forte contraste racial e étnico, emprestou a esta manifestação afro-católica, como querem alguns autores, notável fama, seja pelo que expressa do catolicismo barroco brasileiro, de indeclinável presença processional nas ruas, seja por certa tendência para a incorporação aos festejos propriamente religiosos de rituais profanos pontuados de muito samba e comida. Há que acrescentar ao gênero e raça dos seus membros a condição de ex-escravos ou descendentes deles, importante característica social sem a qual seria difícil entender tantos aspectos ligados aos compromissos religiosos da confraria, onde ressalta a enorme habilidade dos antigos escravos para cultuar a religião dos dominantes sem abrir mão de suas crenças ancestrais, como também aqueles aspectos ligados à defesa, representação social e mesmo política dos interesses dos adeptos.
Como todas as confrarias religiosas baianas, a Irmandade da Boa Morte possui uma estrutura hierárquica interna para gerir a devoção diária e doméstica de seus membros. A direção é composta por quatro irmãs responsáveis pela organização da festa pública de agosto e substituídas anualmente. No topo da administração da vida da Irmandade da Boa Morte está a Juíza Perpétua, posição de maior destaque e atingida por status adquirido, ocupada pela mais idosa adepta. A seguir, situam-se os cargos de Procuradora-Geral, Provedora, Tesoureira e Escrivã, estando a Procuradora à frente das atividades executivas religiosas e profanas. Para serem aceitas as noviças, além de estar vinculadas a alguma casa de candomblé - geralmente Gêge, Ketu ou Nagô-Batá, na região - e professarem o sincretismo religioso, deverão se submeter a uma iniciação que impõe um estágio preparatório de três anos, conhecido pelo nome de “irmã da bolsa”, aonde é testada a sua vocação.
Uma vez aceita, poderá compor algum cargo de diretoria e a cada três anos ascender na hierarquia da Irmandade. Não é demais lembrar que todas dividem irmanamente as atividades da cozinha, coleta de fundos, organização das ceias cerimoniais, das procissões do cortejo, além dos funerais das adeptas seguindo os preceitos religiosos e uma determinação estatutária tácita. As eleições são realizadas anualmente procedendo-se a apuração dos votos pelo curioso sistema de contagem de grãos de milho e feijão, indicando a primeira atitude de rejeição e o segundo aceitação. Em que pese as diferenças hierárquicas e os preceitos relativos a cada posição, todas as irmãs estão niveladas como empregadas de Nossa Senhora. Além de irmãs de devoção, são algumas vezes, irmãs de santo e quase sempre “parentes” - os africanos e seus descendentes no Brasil alargaram o conceito de parentela estendendo o vínculo a todos aqueles que são filhos de uma mesma nação. É notável como a ancestralidade africana se reelabora no interior das instituições religiosas baianas e como as irmandades leigas acabam prestando renovado serviço a esse processo de intercurso cultural. É admirável que, a propósito de celebrarem a morte, essas mulheres negras cachoeiranas tenham sobrevivido com tanta majestade e garbo. O mais incrível é que o sistema de crenças tenha absorvido com tamanha funcionalidade e criatividade os valores da cultura dominante, realizando, em nome da vida, complexos processos de apropriação como o evidenciado na descida da própria Nossa Senhora à Irmandade, a cada ciclo de sete anos, para dirigir em pessoa os festejos, investida da figura de Procuradora-Geral, celebrando entre os vivos a relatividade da morte. Tais elementos podem ser constatados tanto na simbologia do vestuário, quanto nas comidas de preceito que evidenciam recorrentes ligações entre este (Aiyê) e o outro mundo (Orun), para utilizar aqui duas expressões já incorporadas à linguagem popular da Bahia. Assim como as confrarias, a devoção a Boa Morte foi muito comum na Bahia Colonial e Imperial. Sempre foi uma devoção popular. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário na Barroquinha ela ganhou expressão e consistência.
Aliás, ali era um espaço de notável presença gêge-nagô e as características dos festejos descritos por cronistas como Silva Campos atestam sua semelhança com os praticados ainda hoje em Cachoeira. Deve-se dizer que ali teve origem uma das mais respeitáveis casas de candomblé da Bahia; fundada no século XVIII, a Casa Branca do Engenho Velho da Federação que vem sendo estudada com muito brilhantismo por Renato da Silveira. Devoção popular e mais que isso, racial, na medida em que agregou principalmente negros e mestiços. Suas origens remontam ao Oriente tendo sido adotada por Roma no século VII. Já dois séculos depois a festa da Assunção de Nossa Senhora está disseminada por todo o mundo católico. Trazida de Portugal para o Brasil - onde era conhecida como Nossa senhora de Agosto - ganhou interpretação peculiar, características próprias e por causa disso, a devoção sempre criou atritos com as autoridades da Igreja.
Sua difusão entre a comunidade baiana, entre outras coisas, deveu-se ao fato de que a mediunidade popular característica dos cultos africanos sempre relativizou o problema da morte, na medida em que os adeptos do candomblé acreditam em reencarnações sucessivas. Emprestou, portanto, ao culto originalmente católico elemento do seu sistema de crenças e componentes sócio-históricos da dura realidade escravista que fez do cativeiro sofrível martírio para os que vieram na diáspora. De sorte que a devoção a Nossa Senhora da Boa Morte passou a ter também um significado social, permitindo a agregação dos escravos, facultando a manutenção de sua religiosidade num ambiente hostil e delimitando um instrumento corporativo de defesa e de valorização do indivíduo, tornando-se, por todas essas razões, um inigualável meio de celebração da vida. Gustavo Falcon (Professor da UFBA e pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais)

As Grandes Damas do Candomblé - Mãe Cleusa de Nanã



Em 18 de outubro de 1998, a comunidade do Ilê Iyá Omin Axé Iyamassê, e por extensão, todo povo-de-santo da Bahia e do Brasil, perdia a iyalorixá Cleusa Millet, primogênita de mãe Menininha do Gantois (1894-1986), que a substituiu no trono sacerdotal daquela casa de 1989 até o já referido ano de sua morte. Iyá Cleusa pertenceu a grande dinastia de mulheres negras que compuseram um dos mais importantes legados religiosos de herança africana no Brasil: o Axé Gantois. Desde criança, ela demonstrou uma forte personalidade e se construiu como mulher fora de muitos padrões seguidos e impostos a pessoas que tinham a sua condição étnica, sexual e social. Impressionava a todos com a força de suas decisões, determinação e de certa forma, com as transgressões que cometeu ao longo de sua vida, em nome de muitos avanços que gerou para si e para sua família consangüínea e espiritual. Cleusa nasceu em 1923, e já em finais de 1938, aos 15 anos, chamou a atenção da pesquisadora estadunidense Ruth Landes, que viu na jovem uma outra possibilidade de exercício de feminilidade e de independência em relação ao forte domínio exercido pelos homens desta nossa terra naquelas épocas. A sua trajetória de vida a fez morar por 18 anos no Rio de Janeiro, onde teve seus três filhos, só retornando a viver no Gantois no começo dos anos 60, quando começou ao lado da mãe Menininha , então já prestigiosa ialorixá entre nós, a cuidar liturgicamente do complexo universo religioso daquele Candomblé. Além de braço direito da mãe, obrigou-se a estudar fazendo o curso técnico de Obstetriz, na Faculdade de Medicina da Bahia. Trabalhou também como bancária, e foi, de fato, como havia previsto Ruth Landes, um exemplo feminino de independência e rigor litúrgico que deu continuidade aos ensinamentos ancestrais de D. Maria Júlia da Conceição Nazareth, sua bisavó e fundadora do terreiro do Gantois. Mãe Cleuza corporificou a imagem das mulheres altivas e determinadas, circunscritas na esfera das religiões afro-brasileiras, inteligentes e políticas, estudadas, que levaram para o seu sacerdócio, suas experiências como cidadãs, impondo-se como mulheres negras do Candomblé, dialógicas e proponentes de outras práticas que negassem o forte racismo existente em Salvador e em todo Brasil. Ela se representa assim ao lado da grande Stella de Oxossi, e de sua própria irmã caçula, Mãe Carmem de Oxaguian, sucessora de Cleuza e atual iyalorixá do Gantois.

As Grandes Damas do Candomblé - Mãe Menininha do Gantois

  Maria Escolástica da Conceição Nazaré, ou Mãe Menininha do Gantois, em razão do apelido menininha, recebido na infância por ser quieta e franzina, e sua posição no terreiro que veio a assumir. Mãe Menininha era filha de Oxum e foi a quarta ialorixá do Terreiro do Gantois, e a mais famosa de todas as ialorixá brasileiras, foi sucessora de sua mãe, Maria da Glória Nazareth, e foi sucedida por sua filha, Mãe Cleusa Millet. Mãe Menininha vinha de uma longa linhagem de ialorixás. O Gantois foi fundado em 1849, por sua bisavó Maria Júlia da Conceição Nazaré. Na década de 20, foi escolhida para ser a ialorixá do terreiro em virtude da morte de sua tia-avó, Mãe Pulchéria, enquanto se preparava para assumir o cargo, sua mãe ficou por um curto período à frente do Gantois. Aos 29 anos, casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de ingleses e com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem. Admirada pela sabedoria, gentileza, conhecimentos, humildade e pulso firme, Mãe Menininha do Gantois foi a grande responsável pela popularização do candomblé na Bahia, conseguiu agregar pessoas de todas as religiões em seu terreiro, inclusive personalidades como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Tom Jobim, Caribé, Nina Rodrigues e Vinícius de Moraes, que só vinham a tomar decisões importantes uma vez que consultassem a mãe de santo. Jorge Amado, um dos seus grandes admiradores, dizia que ela era uma filha de escravos que se fez rainha, e que havia orientado o povo baiano com exemplar dedicação e perene bondade. Mãe Menininha, além disso, foi muito procurada por antropólogos e sociólogos, que nela buscavam uma preciosa fonte de informações para redigir suas teses e estudos acadêmicos. A sua importância ficou tão evidenciada, no cenário cultural do País, que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos chegou a emitir um selo comemorativo, em homenagem ao centenário de seu nascimento. A querida mãe-de-santo faleceu no dia 13 de agosto de 1986, aos 92 anos de idade. O Gantois foi sucedido, então, por sua filha mais velha, Cleuza Millet, que ficou sendo conhecida como Mãe Cleusa de Nanã, e que dirigiu o local até 1998. Com a sua morte, a sucessão do terreiro passou para Mãe Carmem de Oxalá - a irmã caçula de Cleuza. Nenhuma delas, entretanto, foi tão amada e admirada quanto Mãe Menininha do Gantois.

As Grandes Damas do Candomblé - Mãe Stella de Oxóssi

 
Maria Stella de Azevedo Santos, ou Mãe Stella de Oxóssi, nasceu no dia 2 de maio de 1925, no Pelourinho, em Salvador. Órfã muito cedo, Stella foi adotada por uma de suas tias, e cedo foi iniciada ao candomblé, com apenas 14 anos, por Mãe Senhora. Mãe Senhora foi a mãe religiosa de Mãe Stella e lhe acompanhou durante décadas, na casa-de-santo Ilê Axé Opô Afonjá, até 1967, ano em que a ialorixá faleceu. Ondina Valéria Pimentel (Mãezinha) assumiu, então, o Opô Afonjá e, um ano após sua morte, Stella foi escolhida por Xangô e pelos búzios para ser a ialorixá do terreiro de São Gonçalo do RetiroMaria Stella de Azevedo Santos, ou Mãe Stella de Oxóssi, nasceu no dia 2 de maio de 1925, no Pelourinho, em Salvador. Órfã muito cedo, Stella foi adotada por uma de suas tias, e cedo foi iniciada ao candomblé, com apenas 14 anos, por Mãe Senhora. Mãe Senhora foi a mãe religiosa de Mãe Stella e lhe acompanhou durante décadas, na casa-de-santo Ilê Axé Opô Afonjá, até 1967, ano em que a ialorixá faleceu. Ondina Valéria Pimentel (Mãezinha) assumiu, então, o Opô Afonjá e, um ano após sua morte, Stella foi escolhida por Xangô e pelos búzios para ser a ialorixá do terreiro de São Gonçalo do Retiro. Em tal época, Stella, já com quarenta e nove anos, já havia se aposentado de sua profissão como enfermeira. Mãe Stella viajou várias vezes para a África, procurando aprofundar seus conhecimentos sobre a cultura iorubá, e conseguiu transformá-la em uma herança escrita. Tal feito possibilitou uma maior divulgação dos cultos africanos e da religião dos orixás em todo o Brasil. Na década de 1980, ela participou de diversos congressos sobre os cultos afro-brasileiros, escreveu artigos, foi entrevistada, deu conferências, e publicou dois livros - o primeiro deles, em co-autoria com Cléo Martins, sua filha, que se intitula E daí aconteceu o encanto; e, o segundo, Meu tempo é agora. Stella foi a primeira ialorixá a escrever livros e artigos sobre sua religião. Ela combateu, ainda, o sincretismo entre o candomblé e o catolicismo, ressaltando que a fusão de elementos culturais distintos descaracterizava as duas religiões.
Mãe Stella de Oxossi foi uma das primeiras vozes do candomblé a condenar o sincretismo, um sistema que associa as divindades africanas aos santos católicos, uma vez que, na época da colonização os trazidos da África não podiam exercer sua religião e faziam relação com os santos católicos, confundindo santos e orixás, ritos de candomblé e ritos cristãos. Ela afirma que Iansã não é Santa Bárbara, recusa a idéia de que o candomblé é uma seita sincrética, e declara que ele possui parâmetros de iniciação e liturgia próprios, defendendo sua condição de religião brasileira. No que diz respeito ao candomblé, Stella declara: 
“Nós conseguimos impor a crença trazida pelos escravos, pelo respeito humano que sempre guiou nossas ações. Por isso, hoje, brancos e negros, pobres e ricos se unem aqui em busca de paz e equilíbrio. Somos a tradição e o novo.”
Em suma, foi através de Mãe Stella de Oxossi que o candomblé se tornou uma religião respeitada e adaptada à realidade do País. Ela tornou possível uma síntese entre cultos, crenças e ritos, oriundos de diversas etnias africanas, e colocou em evidência a importante tradição dos antepassados na vida das pessoas. A ialorixá sedimentou a religião dos afro-descendentes, defendendo a concepção de que os negros precisam ser considerados elementos relevantes da sociedade brasileira.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Festas de Iemanjá

 O culto à Iemanjá foi trazido pelos escravos africanos no século 16, e ganhou força entre os negros que pescavam no litoral na Bahia. No catolicismo, Iemanjá é representada por Nossa Senhora da Conceição. Segundo a tradição, a festa em homenagem a Iemanjá ganhou força a partir de 1924, ano considerado “muito ruim” pelos pescadores. Para melhorar o desempenho no mar, os pescadores, então, fizeram uma promessa à rainha das águas. “Pouco tempo depois, os peixes voltaram em abundância e nunca mais a festa deixou de ser realizada”. 
 A Festa de Iemanjá do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do ano, atrai às praias do Rio Vermelho (Salvador, Bahia) uma multidão imensa de fiéis e admiradores. Além da festa em Salvador, ela também existe em Praia Grande (Litoral de São Paulo), Nos dois primeiros finais de semana em Dezembro. 
 Iemanjá é freqüentemente representada sob a forma latinizada de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento, a deusa tem nome de Dona Janaína ou Rainha do Mar. Pela manhã, milhares de devotos vão à praia para participar da alvorada e depositar seus presentes no barracão dos pescadores onde os fiéis fazem longas filas para saudar Iemanjá ,os presentes são colocados em pontos estratégicos da praia, como, depositados flores, perfumes, sabonetes, pentes, espelhos e bonecas. Todos os presentes serão jogados ao mar no final da tarde.